Antes da Revolução Industrial (1750-1830), o bem-estar médio dependia essencialmente da produção originada da terra e dos recursos naturais, e o produto nacional somente crescia à medida que a população aumentava. Após o surgimento do motor a vapor, do trem de ferro e das máquinas industriais, as estatísticas começaram a mostrar a contribuição do capital físico no aumento da produção e da produtividade-hora do trabalho. Nos anos 1879-1900, com a segunda fase da Revolução Industrial, o motor a combustão interna, a indústria do petróleo e a eletricidade fizeram que a produtividade do trabalho fosse aumentada de forma expressiva e promovesse uma onda de desenvolvimento.
Com o progresso contínuo da ciência e da tecnologia após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a economia ou a exigir trabalhadores com maior nível de escolaridade e mais qualificação profissional, acentuando-se a importância da educação básica para a melhoria da capacitação dos trabalhadores. Nos anos 1950 e seguintes, foram aprofundados os estudos que já vinham desde pelo menos 80 anos antes, sobre a contribuição da educação para o aumento da produtividade e o crescimento econômico, a ponto de o economista Gary Becker ter afirmado, após longas pesquisas e estudos, que o fator educação ou a responder por até dois terços do aumento da produtividade. Assim, tornou-se consenso que a superação da miséria, da pobreza e do atraso depende diretamente da evolução educacional e da capacidade do sistema educativo no cumprimento de sua missão.
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Porém, não é qualquer educação que tem a capacidade de atender as necessidades do indivíduo rumo a seu progresso físico e mental, bem como as necessidades impostas pelo desafio de produzir e gerar bem-estar social satisfatório a toda a sociedade. É nesse ponto que entram as notícias recorrentes nos últimos tempos, cujos conteúdos não dizem respeito a temas sobre alfabetização, domínio da escrita e da leitura, desenvolvimento do raciocínio lógico e do pensamento analítico, conhecimento matemático, inserção social e assimilação de habilidades técnicas. Infelizmente, a educação tem estado nas manchetes por situações bizarras e lamentáveis, como o caso de um professor que aplicou atividade valendo nota na qual todos os alunos do grupo beijavam a todos; ou o caso de uma professora que acabou denunciada na polícia por insistir em atividades ligadas à ideologia de gênero, políticas radicais e outros assuntos de seu fanatismo esquerdista.
Além de não conseguir prover os conteúdos mundialmente tidos como essenciais no processo educativo, parcelas do sistema educacional tornaram-se contumazes na realização de atividades ligadas a doutrinas ou crenças de natureza política-ideológica típicas de sociedades totalitárias responsáveis por opressão do indivíduo e extermínio de vidas de seu próprio povo em tempo de paz, como é o caso das experiências comunistas ao longo da história. A educação brasileira enfrenta o desafio de atender a duas prioridades: prover os conteúdos essenciais já citados e conhecidos, de um lado, e conseguir fazê-lo com qualidade e eficiência, de forma a contribuir com o progresso do indivíduo, o crescimento econômico e o desenvolvimento social... e tornar-se notícia por conseguir sair do baixo nível recorrentemente apresentado nos testes internacionais.