“O mercado está tendo uma bifurcação: de um lado as academias low cost, do outro as academias ”, avalia Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech. A rede carioca - que atende o público AB+ e é dona também da marca Fórmula, voltada para as classes B e C - é a que mais cresceu em número de unidades de 2012 a 2017.

Em 2018, a empresa faturou R$ 485 milhões e a previsão para esse ano é de R$ 490 milhões. A rede conta com 101 unidades, sendo 62 Bodytech e 39 Fórmula. Recentemente a empresa iniciou um processo que permite aos franqueados Fórmula converter as unidades em academias Bodytech.

“É uma repaginação feita aos poucos. A Fórmula não vai deixar de existir, mas decidimos não crescer mais com essa marca”, explica Netto. Sete unidades já fizeram a transição.

""Principais redes brasileiras. Fonte: IHRSA. Infográfico: Chantal Wagner/Gazeta do Povo.

Tendência é diversificação

“A maior tendência é a diversidade, a segmentação. São academias com propostas para diferentes perfis”, explica Luis Amoroso, que discorda que o mercado caminhe para uma polarização entre academias low cost e .

“O mercado intermediário não vai morrer, mas precisa de ajuste, não pode continuar sendo o que sempre era”, avalia Amoroso. Segundo ele, uma saída para as academias tradicionais [nem low cost, nem ] sobreviverem é reduzir a grade de aulas e apostar num serviço “bem feito”.

As chamadas academias “boutiques”, que funcionam em espaços reduzidos, têm poucos clientes e expertise em determinadas atividades como yoga, cross fit ou treino funcional, vão perdurar só se apostarem num posicionamento claro e numa proposta consistente, segundo o especialista.

Mercado latinoamericano

Embora a América Latina tenha o maior número de academias no mundo (68 mil) – a Europa, que é a segunda colocada, tem 64 mil – a região tem faturamento bem abaixo de outros continentes. Foram US$ 5 bilhões em 2018.

America do Norte, Europa e Ásia-Pacífico faturaram respectivamente US$ 35 bilhões, US$ 32 bilhões e US$ 16,8 bilhões.

O número de clientes também é menor. São 21 milhões de pessoas que frequentam academias na América Latina, contra 68 milhões na América do Norte, 64 milhões na Europa e 22 milhões na Ásia-Pacífico.

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